Depois de muita pressão nas redes sociais, Luísa Sonza resolveu se pronunciar sobre o caso de injúria racial envolvendo seu nome que voltou à tona nos últimos dias.
A cantora pediu uma audiência amigável para acabar com ação de racismo aberta pela advogada Isabel Macedo de Jesus.
O incidente, que teria acontecido em Fernando de Noronha em 2018, virou manchete em 2020 e voltou a ser assunto agora devido a uma audiência recente.
No processo, Isabel acusa a cantora de ter lhe dado um tapa no braço e pedido que ela buscasse um copo d’água, agindo como se ela fosse uma funcionária do local. Após um questionamento de Isabel, Sonza teria repetido o pedido.
Em uma publicação no Twitter, a cantora disse que tem acompanhado as manifestações após a divulgação sobre a acusação de racismo. "Gente, eu estou acompanhando tudo e meu silêncio nesses dias não é porque não queria falar sobre o assunto, mas porque eu precisava desse tempo para refletir, conversar com as pessoas e entender melhor algumas questões que achei que dominava, mas me dei conta que não", começou ela.
Após o episódio de racismo, a artista disse que até mesmo pessoas que consideradas aliadas do movimento negro devem estudar mais, buscar por mais conhecimento e aprender a ter mais empatia.
"Estou lidando com essa situação como uma oportunidade para tentar ser melhor, como sempre tentei fazer todas as vezes que alguma coisa aconteceu comigo, publicamente ou não", ressaltou.
Dessa forma, Luísa disse que busca uma audiência amigável com a autora para o posterior encerramento do caso. "Por isso, a minha decisão é solicitar uma audiência especial para resolver amigavelmente o processo, acatando o valor pedido pela autora", afirmou.
Ela ainda destacou que o caso veio a público em 2020, quando foi aberto, e é um processo de danos morais. "Não estou respondendo por processo criminal, como foi divulgado, e não há nenhum outro em andamento".
Leia nota na íntegra:
"Gente, eu estou acompanhando tudo e meu silêncio nesses dias não é porque não queria falar sobre o assunto, mas porque eu precisava desse tempo para refletir, conversar com as pessoas e entender melhor algumas questões que achei que dominava, mas me dei conta que não.
Quero agradecer a vocês que, com razão, me cobraram, e dizer o quanto tudo isso foi importante para mim. Aprendi a ver, mais a fundo, a história por outra perspectiva e perceber a dor do outro. Me coloquei no lugar e entendi que precisa ser sempre assim.
Me dei conta de que todos, até mesmo pessoas como eu, que se reconhecem como aliadas à questões sociais, precisam sempre estudar mais e buscar por mais conhecimento e ainda mais empatia. Estou lidando com essa situação como uma oportunidade para tentar ser melhor, como sempre tentei fazer todas as vezes que alguma coisa aconteceu comigo, publicamente ou não.
Por isso, a minha decisão é solicitar uma audiência especial para resolver amigavelmente o processo, acatando o valor pedido pela autora.
Eu não tenho medo de colocar os meus privilégios, que reconheço que tenho, à disposição para chamar atenção para essas questões sociais e tentar diminuir qualquer tipo de discriminação.
Por fim, quero esclarecer que esse caso veio a público em 2020, quando foi aberto, e é um processo de danos morais - não estou respondendo por processo criminal, como foi divulgado, e não há nenhum outro em andamento".
