Rita de Cássia Corrêa é o nome da mulher atacada pelo cantor Leandro Lehart, ex-vocalista do Art Popular. Na semana passada, o músico foi condenado por estupro e cárcere privado, com pena de mais de 9 anos de prisão
No último domingo (18), a vítima abriu o coração e detalhou suas feridas físicas e emocionais em entrevista ao Fantástico. "A minha vida hoje, ela é feita de dores psicológicas, físicas, de limitações. Esse monstro cometeu todas essas atrocidades comigo em uma noite", diz.
Tudo começou quando, por meio de redes sociais, Rita elogiou o trabalho de Leandro e foi respondida. Por trabalhar com música, ela foi convidada a ir até o apartamento do cantor.
O imóvel fica localizado em uma área nobre de São Paulo e, ainda de acordo com o relato, os dois se viram outras vezes.
"Sempre muito educado, muito gentil, muito cortês", conta a vítima sobre os encontros sexuais que mantinham.
Porém, foi em 2019 que o cenário mudou para uma situação violenta e hedionda. O trauma, inclusive, persiste em Rita até hoje.
"Vamos ao banheiro para terminarmos lá? Porque de lá já poderíamos tomar um banho", sugeriu Lehart.
Já no banheiro, Rita de Cássia afirma que Leandro Lehart cometeu um ato escatológico de violência.
"Na minha boca. Eu já comecei a me debater, pedindo para ele parar. E tentando tirá-lo de cima de mim, mas eu não conseguia. Ele ainda se masturbou até chegar ao orgasmo", detalha.
A vítima ainda permaneceu um bom tempo trancada no banheiro, onde tirou tentar o "cheiro horrível, aquele gosto" do seu corpo.
Ela conta que Leandro a deixou um bom tempo trancada no banheiro e que depois que foi solta, a conversa tomou outro rumo. Ela acusa Leandro Lehart de racismo.
“Ele disse: ‘Você acha que eu queria o quê? Relacionamento? O que você acha que eu gostaria de uma negrinha como você?’. Que não era para eu contar para ninguém, divulgar na mídia, procurar a polícia. Porque eu nem teria condições de pagar um advogado para me defender, que o dinheiro que ele tem, os advogados dele iam agir contra mim, que eu ia sair com uma aproveitadora”, conta.
Seis meses depois do ocorrido, o acusado entrou em contato com Rita para pedir perdão. Por mensagem, ele teria enviado: "Se te humilhei sexualmente e você está nessa situação, eu assumo isso. Com muita vergonha, mas assumo. Porque fiz isso com uma mulher, em troca do meu prazer. Fui egoísta. Se você se sentir no direito de me denunciar, faça. Não ficarei chateado."
Depois de tudo isso, Rita afirma que sua vida nunca mais foi a mesma. Ela trabalhava no sistema público de transporte da capital paulista e saiu do emprego por ter ficado abalada com a situação. Ela teve diagnóstico de estresse pós-traumático e chegou a tentar suicídio.
O músico negou as acusações em depoimento à Justiça e segue reafirmando sua inocência. Em publicação em seu Instagram, Leandro disse estar sendo vítima de uma grande injustiça. "São 40 anos de carreira e 50 anos de vida acreditando na Justiça, e mesmo que ela tarde, ela não falha. E a maldade não prevalecerá nunca.”, ressalta.
Em nota oficial à imprensa, a equipe de advogados de Leandro ressaltou que o caso corre em segredo de Justiça e que ainda pende de decisão final, "o que impede maiores considerações quanto aos fatos".
