O cemitério de Vila Mendes, em Limoeiro, no Agreste pernambucano, ganhou uma construção que está dando o que falar. Um comerciante ficou “famoso” no pequeno distrito de pouco mais de 7 mil habitantes ao erguer o próprio jazigo. No espaço reservado para a data do óbito está escrito “em breve”, ao lado de uma foto colorida dele, que ainda está bem vivo.
O dono é Cleyton Melo de Sousa, nascido em 4 de janeiro de 1986. No último Finados, em novembro de 2021, muitos conhecidos acenderam velas no local junto à foto do comerciante. É uma maneira de enviar luz ao espírito de quem já partiu. Mas, antes mesmo que as chamas fossem apagadas, Cleyton estava lá, junto dos amigos e vizinhos, assistindo a tudo e dando risada.
“Eu ia ao cemitério para acompanhar enterros e ficava pensando nas pessoas que estavam lá, num cantinho, e ninguém via. Eram homenagens discretas. Aí, fiz a minha tumba para ver as pessoas me homenageando de verdade”, afirmou o comerciante, em entrevista para o G1.
O jazigo de Cleyton custou R$ 3.800, incluindo o “terreno”, material e mão de obra. “Fui lá e falei com administrador, disse que ia fazer e ele deixou”, contou.
Na obra, em formato de “capelinha”, há espaço para dois caixões. É possível observar duas fotos de Cleyton, e um local para acender velas e colocar plantas.
O serviço terminou em 2021, mas começou a ganhar mais notoriedade depois que uma pessoa foi ao pequeno cemitério, se deparou com a construção e gravou um vídeo.
