O Sebrae/SC abriu nesta semana as inscrições para a segunda turma do Programa de Desenvolvimento do Sebrae Delas Mulher de Negócios, iniciativa que busca fomentar o empreendedorismo feminino em Santa Catarina. Esta edição selecionará até 500 empresárias de todo o Estado e será 100% digital e gratuita. A iniciativa tem o objetivo de aumentar a probabilidade de sucesso de ideias e negócios liderados por mulheres, e busca valorizar as competências, comportamentos e habilidades femininas, difundindo e profissionalizando a cultura empreendedora. As interessadas devem se inscrever até o dia 19 de junho pelo http://sebrae.sc/sebraedelas. Podem participar microempreendedoras individuais e proprietárias de empresas de micro e pequeno porte.
De acordo com a
gestora do Sebrae Delas Mulher de Negócios, Marina Barbieri, o
empreendedorismo feminino tem efeito multiplicador no crescimento econômico da
sociedade. "As empresárias ainda enfrentam muitos desafios, como a maior
quantidade de tempo dedicado à família e às atividades de casa, e a dificuldade
para acessar crédito. Em tempos de crise, algumas desigualdades se aprofundam,
aumentando ainda mais os desafios enfrentados pelas empreendedoras. Acreditamos
que a inclusão produtiva das mulheres via o empreendedorismo favorece a
melhoria dos aspectos sociais, educacionais e indicadores de saúde tanto das
empreendedoras quanto de suas famílias", comenta Marina.
A empresária Amanda
Magalhães participou da primeira edição do Programa, em 2019, e conta que
o Sebrae Delas foi fundamental para que ela superasse os desafios que vieram
com a crise do novo coronavírus. Proprietária da Toré Chocolates de Origem,
marca de chocolates artesanais lançada em dezembro do ano passado, ela precisou
refazer toda a estratégia do seu negócio para enfrentar a crise. A confiança
para lidar com as adversidades logo no início do negócio foi construída ao
longo da formação como empreendedora, com a ajuda de programas como Sebrae Dela
Mulher de Negócios. "Quando eu comecei no Sebrae Delas foi quando eu
decidi abrir a empresa e ali eu me senti acolhida como empreendedora e mulher,
foi muito importante ter referências femininas". A empresária ainda
acrescenta que mesmo com as mudanças estratégicas logo no início, ela enxerga
essa fase como uma oportunidade para aprender coisas novas e transformar o negócio
para o período pós-pandemia.
O mesmo aconteceu com
as empresárias Fabiana e Juliana Mollmann. Sócias na Tudonas, negócio de
roupas femininas com tamanhos diferenciados de Blumenau, elas precisaram rever
as formas de trabalho para se adaptar ao período. Com o showroom da loja
fechado e a maioria dos clientes lojistas também passando pela fase de crise, a
marca aproveitou o cenário de incertezas para investir também no comprador
final, com a realização de um bazar online e a criação de um site para e-commerce.
"O apoio do Sebrae foi primordial para enfrentar esse momento que estamos
vivendo com a Tudonas, para fazer as escolhas com a segurança de que as nossas
decisões são as melhores para a empresa", explica Fabiana.
O Sebrae Delas Mulher
de Negócios é baseado em três pilares, "Meu, eu, nós", que são
voltados para despertar e fortalecer a cultura empreendedora das mulheres.
"O eu corresponde ao que a mulher precisa desenvolver em sua vida,
carreira, família, saúde e outros aspectos de sua vida. O meu, é tudo o que
envolve o meu negócio, ideia e projeto, e o nós são assuntos que envolvem o
universo da comunidade feminina. Os conteúdos aqui trabalhados visam a conexão
entre as participantes e também a sua conexão com outras empreendedoras, a fim
de construir e fortalecer redes de empreendedorismo feminino", explica a
gestora do Sebrae Delas Mulher de Negócios, Marina Barbieri.
Uma pesquisa
divulgada pelo Sebrae mostra que os negócios liderados por mulheres estão sendo
mais impactados com a crise do novo coronavírus. De acordo com o estudo, 52%
dos negócios tocados por elas foram afetados "temporariamente" ou
"de vez" pela pandemia, contra 47% das empresas tocadas por homens. O
levantamento mostrou ainda a dificuldade que elas têm no acesso ao crédito.
Entre as donas das empresas entrevistadas, 44% afirmaram que jamais buscaram
empréstimo em bancos, contra 38% dos homens. Desde o início da pandemia, apenas
34% das mulheres buscaram financiamento, contra 41% dos homens. A intenção de
pedir socorro aos bancos durante a crise também é menor entre elas, 54% contra
64% dos homens. "Mais do que nunca, neste momento de crise é
fundamental auxiliar as empresárias a desenvolverem os seus negócios de maneira
inovadora e sustentável. O empreendedorismo feminino deve ser estimulado, para
que essas diferenças sejam cada vez menores", comenta Marina.
Fonte: Sebrae/SC
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